Um blog que traz experiências de quem já viveu muitas histórias numa das profissões mais emocionantes e realizadoras do mercado: o jornalismo!
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
O Policial que Morreu no Intervalo
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
Numa Redação de Verdade
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Culpa do Editor
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Fundo do fosso
quinta-feira, 30 de julho de 2009
Tiros na Fazenda
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Chumbo trocado não dói
quinta-feira, 11 de junho de 2009
Sanfoneiros da Gota
sexta-feira, 29 de maio de 2009
Loucura no Estúdio
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Refém de Rebelião - final
sexta-feira, 15 de maio de 2009
Refém de Rebelião - parte II
Os líderes da rebelião estavam todos juntos. Não sei explicar direito como ou quando aconteceu. Foi tudo muito rápido e a adrenalina me impediu de registrar a cena com exatidão. Todos gritavam. Agentes e detentos discutiam, sem que eu conseguisse entender direito o que era. Ouvi alguém dizer "sujou","caiu" ou alguma coisa assim. Quando olhei para o lado já estávamos cercados pelos rebelados. Estávamos reféns.
Eu, sinceramente, achei que ia morrer ali. Pensei na minha mulher. Estava casado há dois anos, sem filhos ainda. Não era capaz de entender mais nada do que se falava ao meu lado. O diretor discutia nossa libertação com o líder do movimento, dizendo que manter a imprensa como refém só iria piorar a situação deles. Foram vários minutos de tensão. Não sei dizer ao certo quanto tempo isso levou. Pareceu uma eternidade. Finalmente chegaram a um acordo e nós fomos liberados. Os agentes nos puxaram e saíram conosco num passo rápido, quase correndo. Nos deixaram numa ante-sala com portas de ferro e pediram que esperássemos o diretor.
Olhamos uns para os outros com uma óbvia sensação de alívio. Mas, quem disse que a história acabou aí?
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Refém de Rebelião - parte I
segunda-feira, 4 de maio de 2009
A tal Linha Editorial
terça-feira, 28 de abril de 2009
Escolhido para uma Profissão
Quando resolvi escrever este Blog imaginei que deveria começar exatamente pelo princípio. Não que daqui prá frente vá contar meus casos obrigatoriamente de maneira cronológica. Acontece que a maioria absoluta dos jornalistas que conheço sonharam com essa profissão e construíram suas histórias a partir de uma decisão pessoal com apoio (ou não) da família. Mas, de qualquer modo, decidiram ser jornalistas em algum momento da vida. Não foi o meu caso.

Em 1987 eu morava em Ponte Nova, uma pequena cidade do interior de Minas que hoje tem pouco mais de setenta mil habitantes somente com meu pai, um sujeito bacana, mas extremamente problemático. Não vamos discutir minha então conturbada vida pessoal. Não é o objetivo do espaço. Só acrescentei essa informação porque aos 18 anos estava há 4 fora da escola e fazia de tudo prá ganhar dinheiro: vendia capitalização, título de clube, bilhete de loteria, jogo do bicho...
E foi assim que conheci a pessoa que me apresentou ao jornalismo: um padre, diretor de um colégio tradicional da cidade, absolutamente engajado na política local. De vez em quando eu passava no colégio e vendia alguma coisa ao tal padre, que adorava novidades. Acabamos ficando amigos. Pois bem. Numa tarde qualquer encontrei com ele numa das ruas do centro. Uma rápida conversa e o padre contou sua mais nova empreitada. Estava abrindo um jornal com apoio do prefeito, cansado de ser criticado pela única publicação de Ponte Nova, um semanário impresso em linotipo (alguém lembra disso?). Seria um projeto novo, com qualidade de impressão e uma proposta editorial moderna. Não entendi quase nada, mas achei tudo sensacional. E veio o convite. Se eu queria trabalhar no tal jornal? Claro! Seria meu primeiro emprego com carteira assinada.
No dia seguinte, na hora marcada, fui até o colégio onde fui apresentado aos "mentores" do projeto. Uma equipe pequena, quatro ou cinco pessoas. Entre eles, um jornalista experiente, que seria o responsável pelo jornal, semanário, em formato tablóide. O material seria impresso em Juiz de Fora. A primeira e grande decisão do dia foi o nome do novo jornal. Venceu "A Cidade". Eu me transformei em auxiliar de edição sem saber direito do que tratava, mas com a sugestão de escrever uma coluna que trouxesse um resumo de notícias de cultura, artistas, rádio e televisão.
Naquele dia de 1987 Ponte Nova ganhava um novo jornal. E eu era escolhido para uma profissão.